quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O passaporte e o Eid al-Adha

"Bati no portão do tempo perdido, ninguém atendeu.
Bati segunda vez e mais outra e mais outra.
Resposta nenhuma."

Carlos Drummond De Andrade, in "A Casa do Tempo Perdido"


E lá fui eu novamente a Lisboa levantar o passaporte. Já pude usar a nova estação do metro em Sta Apolónia, mas foi difícil: das 4 bilheteiras automáticas 1 estava fora de serviço, outra não aceitava notas, a outra dava erro a carregar o meu cartão "7 colinas", e a última lá funcionou. Para cúmulo os torniquetes estavam fora de serviço devido a problemas de comunicação das 2 novas estações com os servidores centrais(!!!) O agente lá me disse que podia entrar no metro sem passar o cartão pois nas saídas já sabiam do problema. Deu-me a entender que andaram a inaugurar o metro à pressa, o que até faz sentido pois é muito mais importante as pessoas poderem usufruir do serviço do que pagá-lo. $))

Cheguei ao MAI e levantei o passaporte, e dirigi-me para a paragem do eléctrico 15E que me levaria a Belém, bem perto da embaixada da Argélia. Quando lá cheguei, grande banhada, estava encerrada devido às comemorações do Eid al-Adha - a festa do sacrifício. Sem saber eu já estava a participar na festa, ou não estivesse eu a fazer um sacrifício enorme em ir a Lisboa a 2ª vez em 3 dias fazendo novamente mais de 700 KMs, para nada.

Fui então almoçar ao Restelo com o meu amigo Calatré e depois ele fez de guia numa visita a alguns locais de Lisboa que terminou com o lanche no Colombo e regresso a Sta Apolónia.

* * * * *

Mas em Lisboa encontrei algo que pensei encontrar só na Argélia: uma parabólica da TvCabo montada num poste de electricidade da EDP, em que a casa a que pertencia a antena se encontrava a mais de 10m, estando o fio suspenso por algo que mais parecia um estendal de roupa... Só visto - no comments.

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